Maturidade em Cibersegurança no Brasil

O nível de maturidade em cibersegurança no Brasil tem evoluído nos últimos anos, à medida que empresas e organizações começam a reconhecer a importância de proteger seus dados e sistemas contra as crescentes ameaças cibernéticas. No entanto, ainda há desafios significativos a serem superados. A seguir, estão alguns dados e insights sobre o cenário de cibersegurança no país:

  1. Crescimento nas Ameaças Cibernéticas
    Segundo a Fortinet, o Brasil é o país mais atacado na América Latina em termos de cibercrimes, com mais de 103 bilhões de tentativas de ataque cibernético registradas apenas no primeiro semestre de 2023.

    As principais ameaças enfrentadas pelas empresas brasileiras incluem ransomware, phishing e ataques de engenharia social.
  2. Baixa Maturidade Geral
    Apesar do aumento na conscientização, muitas empresas brasileiras ainda estão em estágios iniciais ou intermediários de maturidade em cibersegurança. Um estudo da Deloitte de 2022 revelou que apenas 25% das empresas brasileiras se consideram altamente maduras em termos de cibersegurança.

    A maioria das organizações ainda enfrenta dificuldades para implementar estratégias abrangentes de segurança, como resposta a incidentes, gestão de vulnerabilidades e governança de dados.
  3. Investimentos em Segurança
    A IDC estima que os investimentos em cibersegurança no Brasil cresceram mais de 12% em 2023, refletindo a crescente demanda por soluções e serviços de proteção. No entanto, o investimento ainda é limitado em comparação com países mais desenvolvidos.

    As pequenas e médias empresas (PMEs) são as mais vulneráveis, muitas vezes por falta de recursos financeiros e equipes especializadas para implementar soluções robustas de segurança.
  4. Falta de Profissionais Qualificados
    Há um déficit significativo de profissionais qualificados em cibersegurança no Brasil. Segundo a ISACA (Information Systems Audit and Control Association), o país enfrenta uma escassez de aproximadamente 500 mil profissionais especializados em segurança cibernética.

    Essa falta de talentos afeta diretamente a capacidade das organizações de monitorar, identificar e responder adequadamente a incidentes cibernéticos.
  5. Conformidade e Regulamentações
    A entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em 2020 forçou muitas empresas a melhorarem suas políticas e práticas de cibersegurança, especialmente em relação à proteção de dados pessoais.

    Entretanto, a conformidade com a LGPD ainda não é universal, e muitas empresas estão apenas começando a entender o impacto total da lei na segurança de dados.
  6. Setores Mais Avançados
    Setores como financeiro, telecomunicações e grandes indústrias têm níveis de maturidade mais elevados, impulsionados por regulamentações específicas e a necessidade crítica de proteger dados sensíveis.

    As instituições financeiras, por exemplo, têm adotado ferramentas avançadas de monitoramento e resposta a incidentes para proteger transações e dados de clientes.
  7. Iniciativas do Governo
    Foi criada a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), responsável por fiscalizar o cumprimento da LGPD e promover boas práticas de segurança da informação.

Embora o Brasil tenha avançado significativamente na conscientização sobre a cibersegurança, o nível de maturidade ainda está em desenvolvimento. O aumento das ameaças cibernéticas e a complexidade do cenário digital tornam crucial que empresas e organizações acelerem seus esforços para melhorar suas defesas, investir em tecnologia e capacitar profissionais especializados.

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